• Vol. 09
  • Chapter 09

THE BULL OF WALL STREET

The golden bull roars and its shriek resounds around the world, in the savannas and forests, among the sacred cows of India that roam free through the cities, distributing the gift of their milk But the Wall Street bull is like a minotaur, worshiped by great and small in their greed He is the one who overcame the borders, in different ways revered But there is the wild ox, the ox that just bellows in the meadows of the planet, old friend of children and those who use it in their work, drags the plow with his strength, on whose furrows the food from tables and street markets in small towns Bumba Meu Boi - sings Northeastern folklore In this region of Brazil, in the midst of the caatinga, in times of drought, of great droughts, they lose weight together with skinny children and men with their heads down; of the heroine women who walk many kilometres with the water can on his head Bumbamy ox! The ox died of thirst The wild ox lives in the swamps of the ends of the world and of time For some, strength and sustenance For others wealth Others more the refinement of New York restaurants The ox of Spain in front of the mother-of-pearl bullfighter and the screams crowd: Olé! The human being, in short, as cattle irrational in a world without nations and without borders!

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THE BULL OF WALL STREET

ORIGINAL: O TOURO DE WAL STREET O touro de ouro urra e seu alarido ressoa pelo mundo,nas savanas e florestas,entre as vacas sagradas da Índia que passeiam livres pelas cidades, distribuindo a dádiva de seu leite Mas o touro de Wal Street é como um minotauro, cultuado por grandes e pequenos em sua cobiça Ele é aquele que venceu as fronteiras, de formas diferentes reverenciado Mas ha o boi selvagem,o boi que apenas berra nos prados do planeta, velho amigo das crianças e dos que o usam em seu trabalho, como arrastar com sua força o arado, sobre cujos sulcos brotarão os alimentos das mesas e das feiras livres das pequenas cidades Bumba meu boi - canta o folclore nordestino Nessa região do Brasil, em meio a caatinga, em tempo de seca, de grandes estiagen, eles emagrecem junto a meninos magros e homens de cabeça baixa; das mulheres heroinas que andam muitos quilometros com a lata de água na cabeça Bumbameu boi! O boi morreu de sede O boi selvagem vive nos alagados dos fins do mundo e dos tempos Para uns a força e o sustento Para outros riqueza Outros mais o requinte dos restaurantes de Nova York O boi da Espanha frente ao toureiro madrepérola e os gritos damultidão: Olé! O ser humano, enfim, como
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